quarta-feira, 28 de maio de 2008

SÓ FALTAM ALGUNS AJUSTES


*Ferrer Freitas



Presente, pela primeira vez, ao Festival de Inverno de Pedro II, quinta edição, pude observar alguma coisa que me permito expor como forma de contribuir para o aprimoramento do Festival de Cultura de Oeiras, adiantando que vi com bons olhos, ou melhor, com bom olho, as presenças ali do prefeito Tiel Reis e do secretário Stefano. Devo dizer, de cara, que não achei tanta diferença do nosso. Constatei até que no de Oeiras há uma maior participação de professores e alunos nas oficinas e palestras. É claro que a temperatura, por vezes abaixo de 20 graus, atrai muita gente, sobretudo de Teresina.
Os shows é que fazem a diferença, sobretudo para os que não valorizam nossos artistas. É louvável a apresentação de grandes músicos e cantores da música popular brasileira, como Wagner Tiso, Leila Pinheiro, Danilo Caymi, Rosa Maria, nomes consagrados que dispensam comentários. Prefiro, no entanto, sem menosprezo a ninguém, e sempre externo no Conselho de Cultura, no que tenho o apoio do Cineas, que sejam valorizados nossos artistas. Por que ir atrás de famosos que devem cobrar cachês altíssimos? Admito que um ou dois, de peso, possam fazer apresentações.
Isto posto, aponto agora, com toda humildade e de forma superficial, é certo, sugestões para o aprimoramento, como disse atrás, do Festival de Oeiras, a partir do que vi e ouvi. Senti que todos os segmentos sociais de Pedro II se irmanam para o sucesso da festa. Já existe uma consciência coletiva da importância do evento. Como o fluxo de turistas é considerável, inúmeras pessoas colocam suas casas sob locação, no período, do que podem auferir um bom dinheiro. Soube que mais de duzentas casas foram alugadas. Paralelamente, como o nosso festival é de cultura, há que se oferecer a nossa nos seus vários aspectos: música, culinária, artes plásticas, artesanato, danças etc. Nossa culinária é riquíssima. Pratos típicos, doces, bolos, cajuína e o que mais for solicitado, deve ser oferecido o que seja genuinamente nosso. Outro ponto importante é o treinamento de pessoas para atender aos turistas. Tenho pra mim que a coisa é mais ou menos por aí, embora não seja só isso. Como diria Paulinho da Viola, “Pra se entender,/tem que se achar/que a vida não é só isso que se vê./É um pouco mais.”
* Vice-Presidente do Instituo Histórico de Oeiras
Foto: Adleuza Pacheco

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