quinta-feira, 10 de julho de 2008

Homens de Poder

* Júnior Vianna

Não sou muito de política, até por que entre rabos e bocas, na cidade de oeiras é bem melhor você observar do que tomar partido, algo que se estende do amor demasiado a trocas de farpas. É a velha herança deixada pelo Visconde para uma cidade ficar divida entre tapas e beijos.


É sem dúvida uma política matreira, liderada por homens fortes, que fizeram dessa arte, lema de suas vidas, homens que abdicaram de suas vidas privadas para estarem com o povo, ou erroneamente em nome do povo, um povo por sua vez acometido de uma paixão demasiada onde nas obscuridades do sentimento perdem completamente a razão. Assim é Oeiras, que há muitos dias e anos se ver dividida em ideologias que se passa de pai para filhos e fazem de uma família inteira um curral eleitoral, todavia, algo que já mudou muito quando o sentido de democracia se torna cada vez mais popular.


Ao que toca a política desse ano, a cidade de Oeiras viverá o que podemos chamar de o duelo, que por sua vez caberá a história imortalizar nos seus anais. De um lado, uma nação dita Boca Preta, que em meio a uma paixão demasiada esquece que o carisma é muito mais importante, o líder de ontem é o mesmo de sempre, admirável com um português de dar inveja a muitos, mas esquece de falar a língua do povo, são os mistérios de um pássaro lendário, que canta para atrair a fêmea, mais em tempos atuais, a coisa parece mudar de rumos.Do outro lado, aqueles que se consideram filhos da terra, daí a designação popular de Tupamaro, uma analogia ao líder Túpac Amaru, índio peruano que lutou e morreu em nome de seu povo. O líder é o mesmo de ontem, mas que aos poucos passa a batuta ao filho, é o cacique, que de fala rápida, que depois de doze anos calou um público e fez verter dos olhos do filho as lágrimas de orgulho e gratidão. Falou para uma tribo de apaixonados que se fizeram ouvintes de uma fala simples e objetivas, pois para falar bem não precisa de palavras alegóricas.


Dessa forma é a Oeiras e seus homens de poder, mas me perdoe o pássaro misterioso e o velho cacique, pois Oeiras tem outro líder... O menino que fez os olhos do cacique lacrimejar em seu discurso tipicamente popular e a ave toma vôo em outras tantas vezes. Assim é Oeiras, que confunde democracia com paixão, evidenciando homens de ontem e de hoje, que entram para a história como heróis e vilões, dependendo em que posição você esteja.




* Júnior Vianna é Historiador, professor de Rede pública e particular de ensino e assina o blog Mosaico da Vila

Nenhum comentário: