quinta-feira, 30 de agosto de 2007

CALA A BOCA NEGRO


Cala a boca negro!...Respire um pouco e prossiga com a sua fala.Cante se for capaz e grite se for preciso,mas não deixe de manifestar o quanto és um braço forte.


Cala a boca negro!...E deixe o seu coração pulsar no compasso do batuque dos tambores dos congos, deixando nítido que está bem vivo para enfrentar tudo o que vier e como vier, afinal és brasileiro e quem é desse solo "não foge a luta e nem teme,quem te adora,a própria morte."


Cala a boca negro!...E mostre os seus dentes, pois são sinônimos de saúde e de vitalidade, assim é capaz de repudiar e buscar os seus direitos, afinal a mãe pode ser gentil, mas alguns filhos são covardes, pois quem não tem argumento, ofende.


Cala a boca negro!...E manche com a sua melanina o muro mais branco e deixe a sua mensagem, que eles é quem são homens de cor, que mutam ao longo da vida e tentam ser como você se brozeando artificialmente.


Cala a boca negro!... E escreva poemas,livros e epopéias,pois não adianta usurpar Castro Alves,diga você mesmo o que tem que dizer,mas diga bem dito, pois negros não tem missas de te-deum em seus centenários.


Cala a boca negro!...E "se ergue da justiça clava forte", pois se Deus é por ti,essa na terra não te faltará. caso contrário faça um despacho e peça ajuda aos orixás.


Cala a boca negro... E vá a luta!


Teresina , 29 de agosto de 2007
Ao amigo Lameck Valentim alvo do pelourinho verbal

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